Prof. Dr. David Catela
Prof. Dr. Cristiana Mercê
Prof. Dr. Júlia Santos
Prof. Joana Oliveira
Prof. Joana Oliveira
Prof. Dr. David Catela
Prof. Dr. Julia Santos
Prof. Joana Oliveira
Sábado, 09/03, Sala Ayurveda, 12h00 | Saturday, 09/03, Ayurveda Hall, 12h00
A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é a mudança nos intervalos de tempo entre os batimentos cardíacos e é um indicador da adaptação do sistema nervoso autónomo a constrangimentos intrínsecos e extrínsecos psicológicos e fisiológicos (Bertsch et al. 2012). As técnicas de respiração lenta potencializam a atividade parassimpática, com aumento da VFC, proporcionando controlo emocional e bem-estar psicológico (Zaccaro et al., 2018). A 6 respirações por minuto, uma arritmia sinusal respiratória mais alta proporciona perceção de maior energia positiva, maior prazer e níveis de excitação mais baixos, quando comparado a 12 respirações por minuto (Van Diest et al, 2014). Trinta minutos, 10 sessões de 6 respirações por minuto são suficientes para induzir um aumento e efeito cumulativo na VFC (Lehrer et al., 2003). Uma diminuição dos efeitos adversos (por exemplo, ansiedade, pensamentos intrusivos, medo de perder o controlo) também pode ocorrer (Kotsen et al., 1994).
O objetivo deste projeto é caracterizar a VFC das técnicas de respiração relaxante do yoga, com praticantes regulares de Yoga. Neste sentido foi solicitado e celebrado um protocolo com a Federação Portuguesa de Yoga (FPY), numa parceria institucional com o Centro de Investigação em Qualidade de Vida (CIEQV), que propiciará à FPY informação cientificamente válida sobre as potencialidades psicofisiológicas de várias técnicas respiratórias, próprias de áreas específicas de Yoga.
Os resultados preliminares, que ora se apresentam, têm revelado o efeito agudo diferenciado na VFC, das técnicas respiratórias de Yoga selecionadas, com provável reforço de atividade parassimpática e da sensibilidade barorreflexa espontânea (e.g., Guzik et al., 2007; cf., Hoshi, Pastre, Vanderlei, & Godoy, 2013), com base no aumento de valores em parâmetros a eles associados, como o SD2, o razão SD1/SD2, a HF e a razão LF/HF, bem como o aumento significativo da saturação periférica de oxigénio.
O presente projeto já mereceu uma bolsa no 4º Concurso CIEQV – Investigação Científica Multidisciplinar; tendo já resultado numa apresentação oral, no II International Congress – CIEQV (Catela et al., 2023) e numa apresentação oral no Seminário de Desenvolvimento Motor da Criança, com publicação em ebook de short report (Mercê et al., 2023).
Financiamento
David Catela e o presente projeto são apoiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (CIEQV-UID/CED/04748/2020).
Referências
Bertsch, K., Hagemann, D., Naumann, E., Schaechinger, H., & Schulz, A. (2012). Stability of heart rate variability indices reflecting parasympathetic activity. Psychophysiology, 49(5), 672-682. https://doi.org/10.1111/j.1469-8986.2011.01341.x
Catela, D., Santos, J., Oliveira, J., & Piscalho, I. (2023, february, 23-24). Yoga breathing techniques’ heart rate variability: characterization project for health non-clinical intervention and personal use. In J. Rodrigues, R. Matos, M. Jacinto & F. Rodrigues (Eds.), Book of abstracts II International Congress – CIEQV (p. 112). ESECS – Polytechnic of Leiria, Portugal. ISBN: 978-989-8797-95-7. https://www.cieqv.pt/congress-docs/II_International_congress_CIEQV_Book_of_abstracts.pdf
Guzik, P., Piskorski, J., Krauze, T., Schneider, R., Wesseling, K. H., Wykretowicz, A., & Wysocki, H. (2007). Correlations between the Poincaré plot and conventional heart rate variability parameters assessed during paced breathing. The Journal of Physiological Sciences, 57(1), 63-71. https://doi.org/10.2170/physiolsci.RP005506
Hoshi, R. A., Pastre, C. M., Vanderlei, L. C. M., & Godoy, M. F. (2013). Poincaré plot indexes of heart rate variability: relationships with other nonlinear variables. Autonomic Neuroscience, 177(2), 271-274. https://doi.org/10.1016/j.autneu.2013.05.004
Kotsen, C. S., Rosen, R. C., & Kostis, J. B. (1994). Adverse side effects of relaxation training in cardiovascular patients. In Ann Behav Med. Proceedings of the Society of Behavioral Medicine’s fifteenth anniversary meeting, April (supplement): Boston, MA.
Lehrer, P. M., Vaschillo, E., Vaschillo, B., Lu, S. E., Eckberg, D. L., Edelberg, R., … & Hamer, R. M. (2003). Heart rate variability biofeedback increases baroreflex gain and peak expiratory flow. Psychosomatic medicine, 65(5), 796-805. https://doi.org/10.1097/01.PSY.0000089200.81962.19
Mercê, M., Borges, A., Santos, B., Pereira, M., Gomes, M., Esperança, R., Santos, J., Oliveira, J., & Catela, D. (2023, novembro, 23-25). Respiração lenta abdominal ióguica e variabilidade da frequência cardíaca em crianças de 7-8 anos de idade. In Estudos em Desenvolvimento Motor da Criança XVIII (in press). ISMAI, Porto, Portugal.
Van Diest, I., Verstappen, K., Aubert, A. E., Widjaja, D., Vansteenwegen, D., & Vlemincx, E. (2014). Inhalation/exhalation ratio modulates the effect of slow breathing on heart rate variability and relaxation. Applied psychophysiology and biofeedback, 39(3), 171-180. https://doi.org/10.1007/s10484-014-9253-x
Zaccaro, A., Piarulli, A., Laurino, M., Garbella, E., Menicucci, D., Neri, B., & Gemignani, A. (2018). How breath-control can change your life: a systematic review on psycho-physiological correlates of slow breathing. Frontiers in human neuroscience, 12, 353. https://doi.org/10.3389/fnhum.2018.00353
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